TUDO É AGRO E TÁ NA GLOBO

PARÁFRASE E POLISSEMIA EM UMA CAMPANHA TELEVISIVA

  • Débora Pereira Lucas Costa Unifasipe
  • Tânia Pitombo de Oliveira Universidade do Estado de Mato Grosso

Resumo

Resumo: Este artigo tem como objeto de estudo o discurso da campanha Agro: a indústria-riqueza do Brasil, produzida e veiculada pela Rede Globo de Televisão. Norteando-se pelas noções teóricas da Análise de Discurso, nas perspectivas de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, lança-se o olhar sobre pequenos vídeos que tiveram inserções diárias, nos horários nobres da programação da emissora, no período de junho de 2016 a junho de 2018.  Para observar como essa materialidade se constitui, circula e significa, realizou-se a decupagem do material - coleta, transcrição e identificação das peças. Esse recurso possibilitou percorrer o caminho para compreender o processo de construção de sentidos para o agronegócio brasileiro pela mídia. É um exercício de pensar que se realiza em um percurso de estudos sobre as discursividades no contexto amazônico, passando por questões econômicas e sociais, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Letras, na Universidade do Estado de Mato Grossso (Unemat/Sinop).   Palavras-chave: discurso; agronegócio; propaganda; televisão.

Biografia Autor

Tânia Pitombo de Oliveira, Universidade do Estado de Mato Grosso
Possui graduação em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (1985), mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Atualmente, é membro do quadro docente dos Programas de Pós-Graduação PPGLetras - Mestrado Acadêmico em Letras e PROFLETRAS - Mestrado Profissional em Letras UNEMAT/SINOP. 

Referências

Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio. Disponível em http://abmra.org.br/associados_veiculos_de_comunicacao.htm. Acesso em 01 fev. 2019.

Associação Brasileira do Agronegócio. Disponível em http://www.abag.com.br/institucional/associados. Acesso em 01 fev. 2019.

CHOMSKY, Noam. Mídia: propaganda política e manipulação. Tradução Fernando Santos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
Comunicação e Agronegócio. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=twUHRsX0rj8. Acesso em 01 fev. 2019.
HENRY, Paul. Os fundamentos teóricos da “Análise Automática do Discurso” de Michel Pêcheux (1969). In: GADET, Françoise; HAK, Tony (orgs.) Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora Unicamp, 2014, p.11-38.
ORLANDI, Eni. Paráfrase e Polissemia: a fluidez nos limites do simbólico. In: Revista RUA. V.4. N.1. Campinas, SP: 1998. Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/issue/view/703/showToc. Acesso em 10 fev. 2018.

______. A Linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2006.

______. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. 4.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2012.

______. Análise do Discurso: princípios e procedimentos.12.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015.

______. Discurso em Análise: sujeito, sentido, ideologia. 3.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2017.


PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 5.ed. Campinas, SP: Editora Unicamp, 2014.

______. Foi “propaganda” mesmo que você disse? In: ORLANDI, Eni. Análise de Discurso: Michel Pêcheux. 4.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015. p.73-92.

PÊCHEUX, Michel; LÉON, Jacqueline. Análise Sintática e Paráfrase discursiva. In: ORLANDI, Eni. Análise de Discurso: Michel Pêcheux. 4.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015. p. 163-174.

Por que a Globo criou a Campanha Agro é Tech, Agro é Pop, Agro é Tudo. Disponível em http://www.startagro.agr.br/por-que-o-agronegocio-precisa-de-uma-comunicacao-moderna/. Acesso em 01 fev. 2019.

SILVA, Telma Domingues da. A televisão Brasileira: a comunicação institucionalizada. Campinas, SP: [s.n.], 2002.
Publicado
2020-12-07
Como Citar
Pereira Lucas Costa, D., & Pitombo de Oliveira, T. (2020). TUDO É AGRO E TÁ NA GLOBO. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, (12), 62-74. https://doi.org/10.35501/dissol.vi12.856