PENSAMENTO DECOLONIAL NO COACHELLA 2018:
o discurso na performance de Beyoncé
Palavras-chave:
decolonialidade, cultura pop, música, Beyoncé, Beychella
Resumo
Este artigo analisa o discurso da cantora Beyoncé em sua apresentação no festival Coachella, em 2018, transformada em documentário da Netflix, em busca de traços do pensamento decolonial. A partir das Grandes Navegações, a Modernidade desenvolveu-se, tendo como elemento constitutivo a colonialidade, consistente nas relações de exploração e dominação entre Europa e povos colonizados. A colonialidade levou à aniquilação e ao silenciamento de diversas culturas, em razão da imposição dos padrões eurocêntricos. Em oposição ao binômio Modernidade-colonialidade, surge a decolonialidade, um movimento de resistência às formas de exploração perpetradas pelos colonizadores. Diante desse cenário, o artigo apresenta, inicialmente, as características da colonialidade, à luz de Enrique Dussel e Aníbal Quijano, e o surgimento do pensamento decolonial, com base em Luciana Ballestrin e Catherine Walsh. Nesse contexto, associa o pensamento decolonial à interculturalidade, diferenciando-a do multiculturalismo. Em seguida, esta pesquisa analisa os elementos da performance de Beyoncé – roupas, seleção musical, coreografias e interlúdios –, a fim de identificar traços de decolonialidade em seu discurso. Desse modo, conclui pela existência do pensamento decolonial como fio condutor do show apresentado no festival, bem como pela possibilidade de incorporar discursos decoloniais em performances musicais, como forma de resistência e luta por mudanças.Referências
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Publicado
2022-12-06
Como Citar
Abreu, A. E. L. (2022). PENSAMENTO DECOLONIAL NO COACHELLA 2018:. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, (15). https://doi.org/10.35501/dissol.vi15.991
Seção
Artigos
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