DISCURSO E HASHTAG: DIFERENTES MODOS DE PERTENCIMENTO NO INSTAGRAM

  • Aline de Fatima Chiaradia Valadão Rennó Univás
  • Atilio Catosso Salles Univás
Palavras-chave: instagram, pertencimento, digital.

Resumo

Este artigo se propõe a analisar o funcionamento do símbolo hashtag (#), utilizado em um aplicativo de rede social, o Instagram. Propomos refletir, filiados à teoria da Análise de Discurso, sobre os modos de produção de diferentes tipos de pertencimento no Instagram, aplicativo que privilegia a imagem, passando o efeito de sentido de transparência, completude, fechamento e inequivocidade, porém, justamente pela aglutinação de postagens, deixa de ser tudo isso. Dentro desse conjunto de “conteúdos” que se estabelecem a partir da hashtag (#), há polissemia, contradição e antagonismo. A produção de sentidos e a subjetivação do sujeito também serão abordadas durante esse percurso de investigação. Foi possível compreender que, apesar da função aglutinadora[1] do símbolo#, as mensagens agrupadas podem produzir diferentes efeitos, até mesmo antagônicos. [1] CAROZZA, Guilherme em aula Linguagem, Tecnologia e Novas Mídias ministrada no dia 29/11/2018 no curso de Doutorado em Ciências da Linguagem na Universidade do Vale do Sapucaí- Univás/ MG 

Biografia do Autor

Aline de Fatima Chiaradia Valadão Rennó, Univás
Doutoranda em Ciências da Linguagem, mestre do curso de Desenvolvimento Regional e Recursos Sócio Produtivos na UNITAU,MBA pela UNIFEI -Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (2005) e possui graduação em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas do Sul de Minas (2003) Atuou por 15 anos como Analista de Recursos Humanos Sr na MAHLE METAL LEVE SA até setembro de 2014. Possui experiência na área de Administração, com ênfase em Desenvolvimento de Recursos Humanos (Remuneração, Benefícios, Treinamento e Desenvolvimento, Seleção , Comunicação e Qualidade de Vida). Ministrou por 10 anos aulas de Recursos Humanos e Ética Profissional e Empresarial no curso de graduação da FACESM e também lecionou a matéria de Cultura e Clima Organizacional no MBA da FACESM (Faculdade de Ciências Ecônomicas do Sul de Minas). Foi por 4 anos Sub-delegada do CRA MG- Conselho Regional de Administração de Minas Gerais. Atualmente é servidora pública com cargo de Analista de Ciência e Tecnologia Pleno na área de Recursos Humanos no Laboratório Nacional de Astrofísica-LNA, tendo atuado também como Analista de Ciência e Tecnologia Pleno na Área de Recursos Humanos no período de outubro de 2014 a agosto de 2016 no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais-CEMADEN.

Referências

ALVES, Paulo. Hashtag faz 10 anos; marcador foi criado por Twiter por Chris., 2017. Disponível em <https://www.techtudo.com.br/noticias/2017/08/hashtag-faz-10-anos-marcador-foi-criado-no-twitter-por-chris-messina.ghtml >. Acesso em 14 set. 2018.

BOCCHESE, Pedro. Augusto. Hashtags: o corte epistemológico como representação do inteligível e do sensível. Revista Científica Ciência em Curso – R. cient. ci. em curso, Palhoça, SC, v. 3, n. 2, p. 141-147, jul. /dez. 2014.

BRUNO, Fernanda. Dispositivos de vigilância no ciberespaço: duplos digitais e identidades simuladas. Revista Fronteiras-estudos midiáticos VIII (2): 152-139, maio/agosto, 2006. Disponível . em: <https://www.academia.edu/8380359/Dispositivos_de_vigil%C3%A2ncia_no_ciberespa%C3%A7o_duplos_digitais_e_identidades_simuladas>. Acesso em: 01 out. 2018.

_____. Máquinas de ver, modos de ser: vigilância, tecnologia e subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2013. 190 p. (Coleção Cibercultura)

CHIARETTI, Paula. Microconto, escrita colaborativa e hashtag, tecnologia e arquivo. Trabalho apresentado em 2016 na II LINCOTEC- Linguagem, Conhecimento e Tecnologia.

DIAS. Cristiane. Análise do Discurso Digital: Sujeito, espaço, memória e arquivo. Campinas, SP: Pontes Editores, 2018.

_______. Sujeito, Sociedade e Tecnologia: a discursividade da rede (de sentidos). São Paulo: Hucitec, 2012.

_______. e-Urbano: A forma material do eletrônico no urbano. In. DIAS, Cristiane. E-urbano: Sentidos do espaço urbano/digital [online]. 2011, Consultada no Portal Labeurb – Laboratório de Estudos Urbanos – LABEURB/Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade – NUDECRI, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

______. Da corporografia: ensaio sobre a língua/escrita na materialidade digital. Santa Maria: UFSM: Programa de Pós Graduação em Letras. 2008. Disponível em < http://coral.ufsm.br/mletras/images/Cogitare07.pdf>. Acesso em 15 nov.2018.

________. Memória Metálica. In Endice Enciclopédia Discursiva da Cidade online. Disponível em: < https://www.labeurb.unicamp.br/endici/index.php?r=verbete/view&id=119>. Acesso em 11 dez. 2018.

DELA-SILVA, Silmara Cristina. O telejornal e a telenovela: o discurso realidade-ficção. Revista Estudos em Jornalismo e Mídia. Universidade Federal de Santa Catarina/Editora Insular. ano V, n. 1, p. 87-98, 1º. semestre de 2008.

FONTANA, Mónica G. Zoppi; OLIVEIRA, Sheila Elias de. Tá serto! Só que não...argumentação, enunciação, interdiscurso. In: Revista Linha D´Água. V.29, n.2 (2016), p.123-155. Disponível em: < https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/120001/120196>. Acesso em 31 março 2018

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis, Vozes, 1999. 348 p. Disponível em < https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/centrocultural/foucault_vigiar_punir.pdf >. Acesso em 03 nov. 2018.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu Costa.1 ed. São Paulo, 1999, Editora 34. Disponível em <http://www.giulianobici.com/site/fundamentos_da_musica_files/cibercultura.pdf>. Acesso em 01 de mar.de 2019.

ORLANDI, Eni. P. Princípios e Procedimentos. 8 ed.Campinas: Editora Pontes, 2009.

_______. “Sentidos em fuga: efeitos da polissemia e do silêncio”. In: CARROZZA, Guilherme; SANTOS, Miriam dos; SILVA, Telma Domingues da (Orgs.). Sujeito, Sociedade, Sentidos. Campinas: RG, 2012. p.11-27

______. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6a edição. Campinas, SP. Editora Unicamp, 2007. 4a Reimpressão, 2015.

______ . Eu, Tu, Ele: Discurso e real da História. Campinas: Pontes, 2017.

MANSUR, Monique. O que é Instagram? Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/07/o-que-e-Instagram.html> (2013). Acesso em: 27/05/2019.

PIZA, Mariana. V. (2012). O Fenômeno Instagram: considerações sob a perspectiva tecnológica. Brasília-DF. Universidade de Brasília. Disponível em: < http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3243/1/2012_MarianaVassalloPiza.pdf>. Acesso em:27/05/2019.

Portal G1 (2016) globo.com: Instagam ultrapassa os 500 milhões de usuários. Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2016/06/instagram-ultrapassa-os-500-milhoes-de-usuarios.html>Acesso em: 14/05/2019.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na Internet. 2 ed. Ver e amp. Porto Alegre: Sulina, 2014.

SALAZAR, Manuela. de Mattos. Consumir, registrar, compartilhar: A hashtag #lookdodia na sociedade do consumo. VIII Simpósio Nacional da ABCiber. Comunicação e Cultura na Era de Tecnologias midiáticas onipresentes e oniscientes. ESPM-SP- 3 a 5 de dezembro de 2014. Disponível em: < http://www.abciber.org.br/simposio2014/anais/GTs/manuela_de_mattos_salazar_174.pdf>. Acesso em 01 out. 2018.

SILVA, Luiz Roberto. Um olho digital no espaço urbano: discurso sobre câmeras de segurança, para vigiar...Dissertação de Mestrado. Pouso Alegre, Univás: 2017

Publicado
2020-11-12
Como Citar
Chiaradia Valadão Rennó, A. de F., & Catosso Salles, A. (2020). DISCURSO E HASHTAG: DIFERENTES MODOS DE PERTENCIMENTO NO INSTAGRAM. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, (11), 69-90. https://doi.org/10.35501/dissol.vi11.652