O DISCURSO SEXISTA E A CONSTRUÇÃO DA IDEIA DE FRAGILIDADE FEMININA EM MATERIAIS IMPRESSOS

  • Neila Priscila dos Santos Costa Universidade Federal da Bahia

Resumo

Esta pesquisa buscou investigar a construção da ideia de fragilidade feminina a partir dos discursos veiculados em materiais impressos (textos de revistas, panfletos, outdoors e livros/manual) correntes na cidade de Salvador, Bahia, no ano de 2013. Seu aporte teórico aponta para os debates empreendidos nos campos da Linguística Aplicada Crítica, dos Estudos Culturais, Estudos de Gênero, Feminismos e a partir de propostas teóricas e metodológicas do campo dos Estudos Críticos do Discurso. Os dados analisados revelam uma fragilidade construída a partir da associação do feminino a símbolos de passividade e domesticidade, mas também a partir de um processo pedagógico sociocultural e histórico de significação, construção de sentidos, tendo como base os atributos designados ao gênero feminino durante a história, reforçados por textos vários, através do uso de itens lexicais, construções frasais, significados e símbolos culturais como Maria, Eva, dentre outros, que se perpetuam a partir de conceitos normativos provindos de instituições hegemônicas e detentoras de poder como a igreja, o estado e as instituições de ensino. O discurso sexista, portanto, age na construção do feminino e da sua fragilidade de forma a enclausurar a mulher, ou mesmo o feminino, no âmbito do doméstico, impedindo que ela se articule, participe da esfera pública, socialize, enfraquecendo assim suas possibilidades de emancipação, fortalecimento de vínculos e enquanto sujeito social.

Biografia Autor

Neila Priscila dos Santos Costa, Universidade Federal da Bahia
Mestra em Língua e Cultura pelo PPGLinC da Universidade Federal da Bahia (2017). Doutoranda em Linguagem, Cognição e Discurso pelo PPGLinC/UFBA.

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Publicado
2020-06-03
Como Citar
dos Santos Costa, N. P. (2020). O DISCURSO SEXISTA E A CONSTRUÇÃO DA IDEIA DE FRAGILIDADE FEMININA EM MATERIAIS IMPRESSOS. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, (10), 124-145. https://doi.org/10.35501/dissol.vi10.638