A EXIGUIDADE NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO PARA O ATENDIMENTO ÀS PESSOAS SURDAS
Resumo
Na psicologia, problematizamos a necessidade do acesso das pessoas surdas na psicoterapia. É relevante oportunizar aos psicólogos momentos de informação e formação. Conforme estudos referentes às disciplinas curriculares de Libras, a falta de renovação dos currículos das universidades exclui os surdos da sociedade, assim, profissionais se sentem incapacitados para atender a comunidade surda. A revisão de literatura realizada mostrou o quão pouco existem publicações relacionadas ao tema. Em se tratando da exiguidade durante a formação do psicólogo, Leigh (2010) defende que um dos motivos para a psicoterapia não atender aos surdos é a entrada tardia de disciplinas de saúde mental e das ciências do comportamento no campo da surdez, como também, a significativa gama de terapeutas não qualificados para atender à população de pessoas surdas. De acordo com Santos e Assis (2015), os surdos são excluídos dos atendimentos em psicologia clínica devido à falta de profissionais qualificados para este público. Seria importante capacitações e disciplinas no âmbito acadêmico para psicólogos. A metodologia utilizada nessa pesquisa foi qualitativa, com participação de quinze psicólogos, escolhidos por conveniência. O instrumento utilizado foi uma Entrevista Aberta para Psicólogos com o objetivo de identificar o nível de conhecimento dos participantes em relação a Libras, o interesse em adquirir o idioma e em atuar como profissionais bilíngues. Esta pesquisa comprovou que para estes falta aptidão e segurança na atuação dos profissionais de psicologia para atender demandas das pessoas surdas, mesmo que a procura pelo atendimento psicológico bilíngue esteja ampliando. Nessa lógica, asseveramos que a Língua carece, urgentemente, de uma disciplina obrigatória nos cursos de psicologia, abrangendo todos os pacientes sem acepção.Referências
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, Brasil. Código de ética profissional do profissional psicólogo. Brasília, DF, 2005.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, CFP. Jornal do Federal ano XXIII, n. 104, jan./ago, 2012.
DUARTE, S.B.R et al. Aspectos históricos e socioculturais da população surda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, p.1713-1734, out.-dez, 2013.
ETTO, R. M.; CARLOS, V. G. Um Estudo Sociolinguístico da Linguagem de Adolescentes em um Centro Socioeducativo. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 9, p. 83-110, 9 jul. 2019.
FIGUEIRÊDO, R.B; CRUZ, F.M.L. Psicologia: profissão feminina? A visão dos estudantes de Psicologia Estudos Feministas, Florianópolis, 25(2): 803-828, maio-agosto, 2017. DOI: . Acesso: 01 de abril de 2022.
FREITAG, R.M.K. Amostras sociolinguísticas: probabilísticas ou por conveniência?. Revista de Estudos da Linguagem, [S.l.], v. 26, n. 2, p. 667-686, mar. 2018. ISSN 2237-2083. DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.26.2.667-686. Acesso: 01 de Abril de 2022.
GONZALES, M.F.S.; RIBEIRO, M.C.F. Atendimento psicológico a adultos surdos: desafios para a psicologia inclusiva. Iniciação Científica. Universidade Paulista, UNIP, São Paulo, 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Informação: PNS 2019: país tem 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Editoria: Estatísticas Socias. Atualizado em 06/10/2021. Disponível em:https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/31445-pns-2019-pais-tem-17-3-milhoes-de-pessoas-com-algum-tipo-de deficiencia#:~:text=2%2C3%20milh%C3%B5es%20de%20pessoas,conseguiam%20de%20modo%20algum%20ouvir. Acesso: 02 fev. 2024.
JORDÃO, A. B. Corpo-Sujeito-Discurso: Reflexões Iniciais. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 8, 30 jan. 2019.
LEIGH, I.W. On being a psychotherapist with deaf clientes. In I. W. Leigh (Org.), Psychotherapy with deaf clients from diverse groups. Washington: Gallaudet University Press, p. 3-22, 2010.
LIMA,S.L; MORAES, M. Composições possíveis: travessias no pluriverso dos encontros com a surdez. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 9(2), 221-243, 2019. doi: http://dx.doi.org/10.26864/PCS.v9.n2.9
MARCHESAN, A. Sobre deficiência e Algumas Possibilidades de Sentidos. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 6, 22 dez. 2017.
OLIVEIRA, T.M.V. Amostragem não probabilística: adequação de situações para uso e limitações de amostras por conveniência, julgamento e cotas. Revista AdmOnLine, 2001.
OLIVEIRA, R.F.R.; RIBEIRO, M.C. O direito à Educação frente ao Princípio do Desenvolvimento. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 17, 14 jul. 2023.
RODRIGUES, I.M.B. Estratégias Terapêuticas na Clínica Infantojuvenil. In: SENRA, E.M, Roma, A & Orgs. 1ª ed. Leader, p.47- 58. São Paulo, 2019.
RODRIGUES, I.M.B. Produção de um livro digital para orientação de profissionais de Psicologia no campo da surdez. Dissertação de mestrado, Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão. Universidade Federal Fluminense -UFF, Rio de Janeiro, 2020.
SANTOS, J.F, ASSIS, M.R. As dificuldades do psicólogo no atendimento à pessoa com deficiência auditiva. Conexões Psi, 3(1), 23-33, 2015.
¬¬¬¬
TOSTES, R.S. A atuação de psicólogo bilíngue no atendimento terapêutico à pessoa surda. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial- Centro de Educação e Ciências Humanas – Universidade de São Carlos. São Carlos, SP, 2018. Disponível: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/10514/TOSTES_Raissa_2018.pdf?sequence=1&isAllowed=y .Acesso: 01 de abril de 2022.
TURRA, B. M.; MOTTA, V. R. A. Em Matéria de Ensino de Língua, o Método Pode Faltar. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 1, 24 out. 2014.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, CFP. Jornal do Federal ano XXIII, n. 104, jan./ago, 2012.
DUARTE, S.B.R et al. Aspectos históricos e socioculturais da população surda. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.20, n.4, p.1713-1734, out.-dez, 2013.
ETTO, R. M.; CARLOS, V. G. Um Estudo Sociolinguístico da Linguagem de Adolescentes em um Centro Socioeducativo. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 9, p. 83-110, 9 jul. 2019.
FIGUEIRÊDO, R.B; CRUZ, F.M.L. Psicologia: profissão feminina? A visão dos estudantes de Psicologia Estudos Feministas, Florianópolis, 25(2): 803-828, maio-agosto, 2017. DOI:
FREITAG, R.M.K. Amostras sociolinguísticas: probabilísticas ou por conveniência?. Revista de Estudos da Linguagem, [S.l.], v. 26, n. 2, p. 667-686, mar. 2018. ISSN 2237-2083. DOI: http://dx.doi.org/10.17851/2237-2083.26.2.667-686. Acesso: 01 de Abril de 2022.
GONZALES, M.F.S.; RIBEIRO, M.C.F. Atendimento psicológico a adultos surdos: desafios para a psicologia inclusiva. Iniciação Científica. Universidade Paulista, UNIP, São Paulo, 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Informação: PNS 2019: país tem 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Editoria: Estatísticas Socias. Atualizado em 06/10/2021. Disponível em:https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/31445-pns-2019-pais-tem-17-3-milhoes-de-pessoas-com-algum-tipo-de deficiencia#:~:text=2%2C3%20milh%C3%B5es%20de%20pessoas,conseguiam%20de%20modo%20algum%20ouvir. Acesso: 02 fev. 2024.
JORDÃO, A. B. Corpo-Sujeito-Discurso: Reflexões Iniciais. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 8, 30 jan. 2019.
LEIGH, I.W. On being a psychotherapist with deaf clientes. In I. W. Leigh (Org.), Psychotherapy with deaf clients from diverse groups. Washington: Gallaudet University Press, p. 3-22, 2010.
LIMA,S.L; MORAES, M. Composições possíveis: travessias no pluriverso dos encontros com a surdez. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 9(2), 221-243, 2019. doi: http://dx.doi.org/10.26864/PCS.v9.n2.9
MARCHESAN, A. Sobre deficiência e Algumas Possibilidades de Sentidos. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 6, 22 dez. 2017.
OLIVEIRA, T.M.V. Amostragem não probabilística: adequação de situações para uso e limitações de amostras por conveniência, julgamento e cotas. Revista AdmOnLine, 2001.
OLIVEIRA, R.F.R.; RIBEIRO, M.C. O direito à Educação frente ao Princípio do Desenvolvimento. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 17, 14 jul. 2023.
RODRIGUES, I.M.B. Estratégias Terapêuticas na Clínica Infantojuvenil. In: SENRA, E.M, Roma, A & Orgs. 1ª ed. Leader, p.47- 58. São Paulo, 2019.
RODRIGUES, I.M.B. Produção de um livro digital para orientação de profissionais de Psicologia no campo da surdez. Dissertação de mestrado, Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão. Universidade Federal Fluminense -UFF, Rio de Janeiro, 2020.
SANTOS, J.F, ASSIS, M.R. As dificuldades do psicólogo no atendimento à pessoa com deficiência auditiva. Conexões Psi, 3(1), 23-33, 2015.
¬¬¬¬
TOSTES, R.S. A atuação de psicólogo bilíngue no atendimento terapêutico à pessoa surda. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial- Centro de Educação e Ciências Humanas – Universidade de São Carlos. São Carlos, SP, 2018. Disponível: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/10514/TOSTES_Raissa_2018.pdf?sequence=1&isAllowed=y .Acesso: 01 de abril de 2022.
TURRA, B. M.; MOTTA, V. R. A. Em Matéria de Ensino de Língua, o Método Pode Faltar. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade e Linguagem, n. 1, 24 out. 2014.
Publicado
2024-06-11
Como Citar
Moura Barroso Rodrigues, I., & Oliveira Moraes, M. (2024). A EXIGUIDADE NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO PARA O ATENDIMENTO ÀS PESSOAS SURDAS. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, 19(19). https://doi.org/10.35501/dissol.v19i19.1138
Secção
Artigos
Autores que publicam na Revista DisSoL mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Ao submeterem textos para avaliação e possível publicação nesta revista os autores comprometem-se a respeitar os preceitos éticos de produção e publicação de pesquisas científicas.