LANGUAGE HYBRIDIZATION: VIOLENCE OR RESISTANCE?
Abstract
Em meio ao cenário multilíngue angolano, a língua portuguesa é representada em discursos estatais, jurídicos e oficiais. O português em Angola, hoje conhecido como “Português Angolano” por ter sofrido diversas mudanças, é denominado por estudos linguísticos de “língua híbrida”, “língua crioula”, “língua sincrética”. Procuramos problematizar a hibridização linguística pelas chaves da violência ou da resistência linguística. Na chave da violência linguística, apagam-se as nuances e diferenças das línguas angolanas no sentindo em que coloca a língua portuguesa em posição de prestígio e como valor simbólico, tornando-a língua central na cena política. Por outro lado, na chave de resistência linguística, como a defendida por Glissant, a língua híbrida, que já não é mais a mesma dos tempos coloniais, sofreu e sofre interferências várias que evidenciam a resistência dos falantes dentro das possibilidades que lhes permitam alguma interferência na brecha, no rastro/resíduo, pois atuam na opacidade.References
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