ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL x ALUNO COM FORMAÇÃO INTEGRAL – O DISCURSO DA INTEGRALIDADE NA ESCOLA
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo produzir um gesto de intepretação dos sentidos sobre “educação integral” e “escola em tempo integral” no texto da Reforma do Ensino Médio Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, bem como uma leitura desse texto da Reforma. Filiado à Análise de Discurso, nas perspectivas teóricas de Michel Pêcheux (1982) e de Eni Orlandi (1996), o corpus de análise é constituído por recortes do texto da lei supracitada em relação a uma imagem do site do Ministério da Educação, que representa essas denominações em análise. No desenvolvimento da análise do processo de produção de sentidos de “aluno com formação integral” e de “escola em tempo integral” são mobilizadas as noções de texto, imagem, ideologia e discurso.Referências
ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. Lisboa: Presença, 1970.
BRASIL. DECRETO Nº 6.253, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007.
BRASIL. DECRETO Nº 7.083, DE 27 DE JANEIRO DE 2010
BRASIL. LEI Nº 13.415, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017
CAMPOS, Luciene Jung. Imagens à deriva: Interlocuções entre a Arte, a Psicanálise e a Análise de discurso. UFRGS. Porto Alegre, 2010.
COELHO. Vânia Lúcia. Hashtags: rompimentos com dizeres sedimentados. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto- FFCLRP/USP. XI EVIDOSOL e VIII CILTEC-Online - junho/2014 - http://evidosol.textolivre.org
DIAS, Juciele Pereira. Um gesto de interpretação na história do conhecimento linguístico brasileiro: a definição do nome gramática. Tese de Doutorado. Santa Maria, 2012.
GIOVANNI, Geraldo Di; SOUZA, Aparecida Neri de. Criança na escola? Programa de formação integral da criança. Educação & Sociedade, Campinas, ano XX, n. 67, ago. 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública. A pedagogia crítico- social dos conteúdos. São Paulo: Loiola, 1986
LIBÂNEO, José C.. Escola de tempo integral em questão: lugar de acolhimento social ou de ensino-aprendizagem?. In: BARRA, Valdeniza M. da. (Org.). Educação: ensino, espaço e tempo na escola de tempo integral. 1ed.Goiânia: CEGRAF, 2014, v. 1, p. 4-309.
MARIANI, B. O comunismo imaginário: práticas discursivas da imprensa sobre o PCB (1922-1989). 1996. 256 f. Tese (doutorado) - Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. 1996.
MAGALHÃES, Belmira; MARIANI, Bethania. Processos de subjetivação e identificação: ideologia e inconsciente. Linguagem em (Dis)curso, Palhoça, SC, v.10, n.2, 2010, p. 391-408.
MOSNA, Rosa Maria. Avaliação da política pública “Programa Mais Educação” em escolas de ensino fundamental da rede de ensino do Rio Grande do Sul: impactos na qualidade da educação e no financiamento do ensino fundamental. 2014. 249 p. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
NOGUEIRA, Luciana. Discurso, Sujeito e Relações de Trabalho: A posição discursiva da Petrobrás. Unicamp, Campinas, 2015.
ORLANDI, E. Discurso: fato, dado, exterioridade. In: SEMINÁRIO DE AQUISIÇÃO, 1992.
Orlandi E. P. Interpretação. Ed. Vozes, Petrópolis, 1996.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A leitura e os leitores. Campinas, SP: Pontes, 1998.
ORLANDI, E. P. Língua e conhecimento linguístico. Campinas: Pontes, 2002.
ORLANDI, E.P. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4. ed. rev. e aum. Campinas: Pontes, 2003.
ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004a.
ORLANDI, E.P. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Campinas: Pontes, 2007.
ORLANDI, E.P. Discurso em análise: sujeito, sentido e ideologia. Campinas, São Paulo: Ponte Editores, 2012.
PÊCHEUX, M. (1997). Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio, 2014. Campinas: Unicamp.
PÊCHEUX, Michel; FUCHS, Catherine. A propósito da Análise do Discurso: atualização e perspectivas. In: GADET, Françoise; HAK, Tony (Org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução a obra de Michel Pêcheux. Tradutores Bethânia S. Mariani [et al.]. 3 ed. Campinas, SP: UNICAMP, 1997.
Autores que publicam na Revista DisSoL mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Ao submeterem textos para avaliação e possível publicação nesta revista os autores comprometem-se a respeitar os preceitos éticos de produção e publicação de pesquisas científicas.
