EDUCAÇÃO POPULAR COMO TRANSGRESSORA DAS DESIGUALDADES SOCIAIS

  • Jaqueline Correia da Silva Professora de Educação Básica do município de Lages, SC; Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC
  • Rosane Marcia Neumann Universidade do Planalto Catarinense-UNIPLAC
  • Luciane Aparecida Perotoni Perdoná Universidade do Planalto Catarinense-UNIPLAC
  • Joseane N. M. Rodrigues Universidade do Planalto Catarinense-UNIPLAC
Palavras-chave: Educação; Educação Popular; Decolonialidade; Emancipação

Resumo

 O presente artigo busca dialogar com a Educação Popular como estratégia decolonial, numa lógica a romper com padrões preestabelecidos que exprime e oprime os povos colonizados desde a invasão europeia nas Américas contribuindo dessa forma para as desigualdades sociais. Nesse sentido, usaremos como aporte teórico Carlos Brandão, Paulo Freire, Jorge Fabian Cabaluz Ducasse Enrique Dussel e Anibal Quijano, entre outros autores sul-americanos, que utilizam dessa base teórica para discutir a Educação Popular como uma possibilidade para o avanço da educação emancipatória, na perspectiva de(s)colonial. Para tanto, procede-se um estudo de revisão bibliográfica, partindo dos estudos dos autores citados. Nessa conjuntura decolonial relacionar o Documento curricular de Lages, SC, que rege a educação local, com sua colonização e a composição étnica da cidade.

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Publicado
2024-12-24
Como Citar
Correia da Silva, J., Neumann, R. M., Perotoni Perdoná, L. A., & M. Rodrigues, J. N. (2024). EDUCAÇÃO POPULAR COMO TRANSGRESSORA DAS DESIGUALDADES SOCIAIS . Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, 22(22). https://doi.org/10.35501/dissol.v22i22.1252