PRÁTICAS DE SUBJETIVAÇÃO NO/A PARTIR DO FILME CORINGA, DE TODD PHILLIPS

  • Wânia Gomes Mariano Vieira
  • Guilherme Figueira-Borges
Palavras-chave: Filme.

Resumo

Neste artigo, objetivamos identificar e analisar práticas de subjetivação dos sujeitos-personagens Arthur/Coringa em constituições identitárias na trama narrativa do filme Coringa, direção de Todd Phillips (2019). Para tanto, inscrevemo-nos no campo da Análise do Discurso francesa, especificamente nas ferramentas teórico-analíticas de Foucault (1999, 2001, 2003, 2004, 2008a, 2008b, 2010, 2012) como, por exemplo, sujeito, práticas de si, subjetivação, dessubjetivação e loucura. A partir das análises de quatro pôsteres, postos em diálogo com acontecimentos da narrativa fílmica, destacamos que a constituição identitária de Arthur/Coringa se instaura a partir de uma série de movimentações, deslocamentos e inversões a partir de práticas de subversão, tais como, atos de violência e resistência aos jogos de verdade, poder-saber que incidem sobre os sujeitos determinando o que se pode e deve fazer.

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Publicado
2021-08-17
Como Citar
Vieira, W. G. M., & Figueira-Borges, G. (2021). PRÁTICAS DE SUBJETIVAÇÃO NO/A PARTIR DO FILME CORINGA, DE TODD PHILLIPS. Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, (13). https://doi.org/10.35501/dissol.vi13.1055