DA CRIATIVIDADE SEQUESTRADA À CRIATIVIDADE SOCIALMENTE REFERENCIADA: BNCC E A EDUCAÇÃO ZAPATISTA
Abstract
The objective of this text is to discuss about what we call “creativity hijacking”, in which school education comes down to pragmatic objectives of an individualistic nature. Profile to be formed according to the BNCC proposal, through skills and competences, that is, according to the interests of the world market. We adopt the concept of creativity as a social paradigm of creativity, understood as something not only psychological, but social, aimed at solving social problems.We bring the experience of Escuelita Zapatista as an example of education, where creativity is developed based on this paradigm. As a conclusion, we point out the possibility of building human training alternatives linked to life and the collective, overcoming Eurocentrism, competitiveness and individualism.References
ALTHUSSER, Louis. Sobre a reprodução. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 2017.
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e Eurocentrismo. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Colección Sur-Sur, CLACSO: Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005, p. 24-33.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
LÓPEZ, Miguel. ¿Quieres cambiar la sociedad? Solo tenemos que crear un buen relato. Tres actos para un estudio crítico sobre creatividad, movimientos sociales, estrategias narrativas y cambio social. In: GONZÁLEZ, P.C.; GARCÍA, M.J.M. (edits.). Creatividad, comunicación y educación. Más allá de las fronteras del saber establecido. Málaga: Universidad de Málaga, 2016. p. 21-34.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central de Estudios Sociales Contemporáneos y PontificiaUniversidadJaveriana, Instituto Pensar, 2007, p.127-168.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. 4.ed. São Paulo: Hucitec, 1984.
MELO, Alessandro. Educação de tod@s para tod@s: reforma educativa neoliberal e o caso espanhol. Guarapuava: Apprehendere, 2016.
MELO, Alessandro; MAROCHI, Ana Cláudia. Cosmopolitismo e performatividade: categorias para uma análise das competências na Base Nacional Comum Curricular. Educação em Revista, v. 35, nov. 2019, p.2-23. DOI: DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0102-4698203727. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/edur/v35/1982-6621-edur-35-e203727.pdf.
MELO, Alessandro de.; RIBEIRO, Débora. Eurocentrismo e currículo: apontamentos para uma construção curricular não eurocêntrica e decolonial. Revista e-Curriculum, v. 17, n. 4, dez. 2019, p. 1781-1807.
MELO, Alessandro de; YELICICH, Carolina. La creatividad desde una mirada crítica. Hacia un proyecto educativo emancipatorio. In: GONZÁLEZ, P.C.; GARCÍA, M.J.M. (edits.). Creatividad, comunicación y educación. Más allá de las fronteras del saber establecido. Málaga: Universidad de Málaga, 2016. p. 51-63.
PEREIRA, Luiz. Aparelho ideológico de estado escolar. Ensino público e política. In: PEREIRA, L. Anotações sobre o capitalismo. São Paulo: Pioneira, 1977, p. 85-102.
PERONI, Vera Maria Vidal; CAETANO, Maria Raquel; ARELARO, Lisete Regina Gomes. BNCC: disputa pela qualidade ou submissão da educação? Rev. Bras. de Pol. e Adm. da Educ., v. 35, n. 1, p. 35-56, jan./abr. 2019. DOI: https://doi.org/10.21573/vol1n12019.93094. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/rbpae/article/view/93094. Acesso em: 13 fev. 2021.
RIBEIRO, Débora; GAIA, Ronan da Silva Parreira; RODRIGUES, Janine Marta Coelho. Colonialidade e raça: implicações eurocêntricas para o currículo. Revista Cocar, v. 14, n. 30, set./dez. 2020, p. 1-21. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/3499#:~:text=No%20cen%C3%A1rio%20brasileiro%20a%20ra%C3%A7a,traz%20implica%C3%A7%C3%B5es%20simb%C3%B3licas%20e%20materiais.&text=Destacamos%20aspectos%20para%20enfrentamento%20da,de%20leitura%20e%20escritas%20efetivas. Acesso em: 18 fev. 2021.
RIBEIRO, Débora. A Lei 10.639/03 como potencial decolonizadora do currículo: tessituras e impasses. Revista Educação Unisinos (online), v. 23, 2019, p. 1-15. DOI: https://doi.org/10.4013/edu.2019.232.15065. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/view/edu.2019.232.07. Acesso em: 18 fev. 2021.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Descolonizar el saber, reinventar el poder. Uruguay, Montevideo: Ediciones Trilce, 2010.
SILVA, Monica Ribeiro da. A BNCC da Reforma do Ensino Médio: o resgate de um empoeirado discurso. Educação em Revista, v. 34, 2018, p. 1-15. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698214130. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0102-46982018000100301&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 16 fev. 2021.
VINCENT, Guy; LAHIRE, Bernard; THIN, Daniel. Sobre a história e a forma escolar. Educação em Revista, n.33, jun. 2001, p. 7-47. Disponível em: http://www.piraquara.pr.gov.br/aprefeitura/secretariaseorgaos/educacao/uploadAddress/Sobre_a_histu00F3ria_e_a_teoria_da_forma_escolar%5B1273%5D.pdf. Acesso em: 18 fev. 2021.
WALSH, Catherine. Interculturalidad crítica y educación intercultural. 2009. Disponível em: http://www.uchile.cl/documentos/interculturalidad-critica-y-educacion intercultural_110597_0_2405.pdf. Acesso em: 23 mar. 2017.
ZIBECHI, Raúl. Descolonizar la rebeldía. (Des)colonialismo del pensamiento crítico y de las prácticas emancipatorias. Málaga: Baladre; Ecologistas en Acción, 2014.
Copyright (c) 2021 Argumentos Pró-Educação
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicarem na Argumentos Pró-Educação concordam com os seguintes termos:
1 - mantém os direito autorais e concendem à revista o direito de primeira publicação, com o texto simultaneamente licendicado sob a Licença Creative Commons Atribuição - Não Comercial 4.0 Internacional;
2 - têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do texto publicado nesta revista, como por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
3 - têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho on-line, como por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua própria página pessoal a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isto pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do texto publicado.