“Estado à parte” em Itaipu: a autonomia das vilas habitacionais brasileiras
Abstract
Este artigo analisa os elementos encontrados em Itaipu que em conjunto caracterizam o espaço construído pela entidade como um “Estado à parte” ou “governo local de fato”. Diante das ações de Itaipu junto às Vilas Habitacionais e Canteiro de Obras, diferenciadas de acordo o nível funcional/fração da classe trabalhadora a que eram destinadas, ampla estrutura repressiva e ideológica foram estabelecidas, a fim de obter o controle, hegemonia e consenso. O trabalho foi construído com base no método materialista histórico-dialético, valendo-se de análises bibliográficas, documentais e entrevistas semiestruturadas, e elenca diversos aspectos que caracterizam Itaipu como um “Estado à parte”: personalidade jurídica inédita, isenção de impostos e insubordinação às normas municipais; controle sobre a moradia e normas civis próprias; serviços de segurança próprios, repressão e colaboração com os regimes militares da América Latina; controle sobre os meios de comunicação; política educacional própria e transmissão de valores morais específicos.Os autores que publicarem na Argumentos Pró-Educação concordam com os seguintes termos:
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