Políticas educacionais inclusivas em tempos neoliberais: o dito, não dito e o mal dito
Abstract
Este artigo analisa as bases legais e ideológicas das políticas educacionais inclusivas implementadas a partir da década de 1990 no Brasil. A partir de uma discussão sobre os desafios enfrentados pelo sistema educacional brasileiro no atendimento a alunos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na atualidade, veremos quais as possibilidades e limites do discurso em defesa da diversidade no contexto neoliberal. Recorrendo às orientações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e pelo mais recente Plano Nacional de Educação (2014-2024), problematizaremos o alinhamento da educação especial inclusiva com as teorias pedagógicas pós-modernas, bem como o acirramento dos processos de exclusão e marginalização de alunos com necessidades educacionais especiais dentro e fora da escola. Ademais, veremos como a transformação da inclusão em argumento do senso comum inibe as potencialidades emancipadoras e humanizadoras da educação, abordando as contribuições trazidas pela pedagogia histórico-crítica e pela teoria histórico-cultural. Palavras-chave: Políticas inclusivas. Educação especial. Neoliberalismo.Os autores que publicarem na Argumentos Pró-Educação concordam com os seguintes termos:
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