Políticas educacionais inclusivas em tempos neoliberais: o dito, não dito e o mal dito

  • Erika Marinho Witeze Instituto Federal de Goiás
  • Régis Henrique dos Reis Silva Universidade Estadual de Campinas

Resumo

 Este artigo analisa as bases legais e ideológicas das políticas educacionais inclusivas implementadas a partir da década de 1990 no Brasil. A partir de uma discussão sobre os desafios enfrentados pelo sistema educacional brasileiro no atendimento a alunos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação na atualidade, veremos quais as possibilidades e limites do discurso em defesa da diversidade no contexto neoliberal. Recorrendo às orientações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e pelo mais recente Plano Nacional de Educação (2014-2024), problematizaremos o alinhamento da educação especial inclusiva com as teorias pedagógicas pós-modernas, bem como o acirramento dos processos de exclusão e marginalização de alunos com necessidades educacionais especiais dentro e fora da escola. Ademais, veremos como a transformação da inclusão em argumento do senso comum inibe as potencialidades emancipadoras e humanizadoras da educação, abordando as contribuições trazidas pela pedagogia histórico-crítica e pela teoria histórico-cultural. Palavras-chave: Políticas inclusivas. Educação especial. Neoliberalismo.

Biografia do Autor

Erika Marinho Witeze, Instituto Federal de Goiás
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Bacharel em Ciências Sociais (2006) e Licenciada em Ciências Sociais (2008) pela Universidade de São Paulo. Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Brasília (2015). Especialista em Educação Especial na Perspectiva do AEE pelo Instituto Consciência/GO (2013). Foi professora substituta no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE/UFG).
Publicado
2016-12-20
Como Citar
Witeze, E. M., & Silva, R. H. dos R. (2016). Políticas educacionais inclusivas em tempos neoliberais: o dito, não dito e o mal dito. Argumentos Pró-Educação, 1(3). https://doi.org/10.24280/ape.v1i3.137
Seção
Artigos