CAIU NA FODA?
análise de um vídeo no youtube com enunciado com palavrão dito pelo Padre Fábio de Melo no programa Domingão com Huck
Palavras-chave:
: Efeitos de sentido; posição-sujeito; padre; formações imaginárias
Resumo
Neste artigo, analisamos um vídeo publicado no Youtube, que traz um enunciado com palavrão dito pelo padre Fábio de Melo, no dia 27 de novembro de 2022, durante a apresentação do quadro Acredite Em Quem Quiser do Domingão com Huck. Uma participante disse que caiu na fossa, mas o padre replicou: - caiu na foda? Do exposto, numa reação imediata, participantes do programa demonstraram-se surpresos e proferiram enunciados, do tipo: - Que é isso, padre?, ou Que pensamento é esse, padre?, ou ainda: - tira ele do programa! Nessa conjuntura, é importante dizermos que esse vídeo será analisado como materialidade discursiva, pois apresenta uma forma material que promove, por meio da exterioridade constitutiva na historicidade, o encontro de uma memória atual(o padre enunciando um palavrão) e uma rede de memórias(o que um padre católico pode/deve dizer nessa posição), funcionando como unidade de sentidos em relação à situação. Para tal, pelo viés da Análise Materialista do Discurso de vertente pecheuxtiana, o nosso gesto teórico-analítico objetiva abordar as concepções de posições-sujeito, ideologia, formações discursivas, imaginárias e efeitos de sentidos, para mostrar, como principal resultado, que algo funciona diferente na posição-sujeito de padre ocupada por Fábio de Melo.Referências
ALMEIDA, Ariadne Domingues. O que é caralho? É um palavrão? É uma parte do corpo humano? Estudo sociolinguístico-cognitivo sobre a variação categorial de um item léxico. Revista A cor das letras. Feira de Santana: setembro de 2021, v. 22, n. Esp., p. 147-170,
ANDRADE, D. C. D. Direção espiritual na TV Canção Nova: Análise do discurso do padre Fábio de Melo. Dissertação. Mestrado em Ciências Sociais. Rio Grande do Norte: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009.
ARANGO, A. C. Os palavrões – virtudes terapêuticas da obscenidade. Trad. Jasper Lopes Bastor. São Paulo: Brasiliense, 1991.
BRANDÃO, Helena. Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.
CAETANO, Veridiana. O palavrão em filmes brasileiros contemporâneos: um enfoque bakhtiniano Tese de doutorado. Faculdade de Letras. Pontifícia Universidade Católica Do Rio Grande Do Sul. Porto Alegre: 2015.
CASAGRANDE JÚNIOR, Cu é lindo – palavrão como recurso do erotismo na lírica contemporânea brasileira. REVELL, Mato Grosso do Sul: 2001 – n. 1, p. 137-145.
FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar; COELHO, Maria Das Graças Galvão Pinto. Decotes de linguagem: o palavrão e o pudor pela presença simbólica da nudez. TRIADES | Revista (online). Rio de Janeiro: v.11 | n.1 [2022] | ISSN 1984-0071, p. 47-61.
GUEIROS, Rosário Farâni Mansur. Tabus linguísticos. São Paulo: Nacional, 1979.
MENEGUETTI, Samara Trovão. TULLIO, Claudia Maris. Entre palavras e palavrões caminha a humanidade: interfaces linguístico-discursivas. In: Linguistica, Letras e Artes e sua atuação multidisciplinar. VASCONCELOS, Adaylson Wagner Souza de. Ponta (Org.). Grossa PR: Editora Atena, 2020.
MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (org.). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2003. v. 3.
ORLANDI, Eni Puccineli. Discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. 3. ed. Campinas: Pontes, 2012.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise do discurso: princípios & procedimentos. São Paulo: Pontes, 2005.
ORLANDI, E. P. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
PÊCHEUX, Michel. Análise automática do discurso. In: GADET, Françoise; HACK, Tony. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990. p. 61-162.
PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. 2. ed. São Paulo: Pontes, 1997.
PÊCHEUX, Michel. Papel da memória. In: ACHARD, Pierre; DAVALLON, Jean; DURAND, Jean-Louis; PÊCHEUX, Michel; ORLANDI, Eni. (org.). Papel da memória. Tradução e introdução de José Horta Nunes. Campinas: Pontes, 1999. p. 49-56.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. da Unicamp, 1988.
PINKER, Steven. Do que é feito o pensamento: a língua como janela para a natureza humana. Editora Companhia das Letras, 2008.
SANDMANN, Antônio José. O palavrão: formas de abrandamento. Revista Letras, 42. 1993. Disponível em:. Acesso em: 22 nov. 2019.
SANTOS, Demócrito Cruz; COSTA, Kátia R. L. C. Palavrão: um olhar sobre a possível não-arbitrariedade deste signo linguístico. Campo Grande: Sociodialeto, 2013.
Sites consultados:
UOL. Padre Fábio de Melo fala palavrão ao vivo na Globo, e Hulk se assusta: que é isso, padre? UOL. Disponível em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/11/27/padre-fabio-de-melo-comete-gafe-ao-vivo-na-globo-caiu-na-fod.htm >> Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
G1. Padre Fábio de Melo comete gafe e solta palavrão no Domingão. G1. Disponível em: https://gshow.globo.com/tudo-mais/tv-e-famosos/noticia/padre-fabio-de-mello-comete-gafe-e-solta-palavrao-no-domingao.ghtml >> Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
YOUTUBE.: Padre Fábio de Melo fala palavrão no Domingão com Hulk deste domingo. YOUTUBE. Disponível em: Padre Fábio de Melo fala palavrão no Domingão com Huck deste domingo 27/11/22 27 de novembro de2022 - YouTube >> Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
ANDRADE, D. C. D. Direção espiritual na TV Canção Nova: Análise do discurso do padre Fábio de Melo. Dissertação. Mestrado em Ciências Sociais. Rio Grande do Norte: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009.
ARANGO, A. C. Os palavrões – virtudes terapêuticas da obscenidade. Trad. Jasper Lopes Bastor. São Paulo: Brasiliense, 1991.
BRANDÃO, Helena. Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da Unicamp, 2004.
CAETANO, Veridiana. O palavrão em filmes brasileiros contemporâneos: um enfoque bakhtiniano Tese de doutorado. Faculdade de Letras. Pontifícia Universidade Católica Do Rio Grande Do Sul. Porto Alegre: 2015.
CASAGRANDE JÚNIOR, Cu é lindo – palavrão como recurso do erotismo na lírica contemporânea brasileira. REVELL, Mato Grosso do Sul: 2001 – n. 1, p. 137-145.
FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar; COELHO, Maria Das Graças Galvão Pinto. Decotes de linguagem: o palavrão e o pudor pela presença simbólica da nudez. TRIADES | Revista (online). Rio de Janeiro: v.11 | n.1 [2022] | ISSN 1984-0071, p. 47-61.
GUEIROS, Rosário Farâni Mansur. Tabus linguísticos. São Paulo: Nacional, 1979.
MENEGUETTI, Samara Trovão. TULLIO, Claudia Maris. Entre palavras e palavrões caminha a humanidade: interfaces linguístico-discursivas. In: Linguistica, Letras e Artes e sua atuação multidisciplinar. VASCONCELOS, Adaylson Wagner Souza de. Ponta (Org.). Grossa PR: Editora Atena, 2020.
MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (org.). Introdução à Linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2003. v. 3.
ORLANDI, Eni Puccineli. Discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. 3. ed. Campinas: Pontes, 2012.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise do discurso: princípios & procedimentos. São Paulo: Pontes, 2005.
ORLANDI, E. P. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. Campinas: Editora da Unicamp, 2007.
PÊCHEUX, Michel. Análise automática do discurso. In: GADET, Françoise; HACK, Tony. Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Ed. da Unicamp, 1990. p. 61-162.
PÊCHEUX, Michel. O discurso: estrutura ou acontecimento. 2. ed. São Paulo: Pontes, 1997.
PÊCHEUX, Michel. Papel da memória. In: ACHARD, Pierre; DAVALLON, Jean; DURAND, Jean-Louis; PÊCHEUX, Michel; ORLANDI, Eni. (org.). Papel da memória. Tradução e introdução de José Horta Nunes. Campinas: Pontes, 1999. p. 49-56.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. da Unicamp, 1988.
PINKER, Steven. Do que é feito o pensamento: a língua como janela para a natureza humana. Editora Companhia das Letras, 2008.
SANDMANN, Antônio José. O palavrão: formas de abrandamento. Revista Letras, 42. 1993. Disponível em:
SANTOS, Demócrito Cruz; COSTA, Kátia R. L. C. Palavrão: um olhar sobre a possível não-arbitrariedade deste signo linguístico. Campo Grande: Sociodialeto, 2013.
Sites consultados:
UOL. Padre Fábio de Melo fala palavrão ao vivo na Globo, e Hulk se assusta: que é isso, padre? UOL. Disponível em: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/11/27/padre-fabio-de-melo-comete-gafe-ao-vivo-na-globo-caiu-na-fod.htm >> Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
G1. Padre Fábio de Melo comete gafe e solta palavrão no Domingão. G1. Disponível em: https://gshow.globo.com/tudo-mais/tv-e-famosos/noticia/padre-fabio-de-mello-comete-gafe-e-solta-palavrao-no-domingao.ghtml >> Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
YOUTUBE.: Padre Fábio de Melo fala palavrão no Domingão com Hulk deste domingo. YOUTUBE. Disponível em: Padre Fábio de Melo fala palavrão no Domingão com Huck deste domingo 27/11/22 27 de novembro de2022 - YouTube >> Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
Publicado
2023-07-14
Como Citar
Silva, D. S. da. (2023). CAIU NA FODA? . Revista DisSoL - Discurso, Sociedade E Linguagem, (17). https://doi.org/10.35501/dissol.vi17.1084
Seção
Artigos
Autores que publicam na Revista DisSoL mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Ao submeterem textos para avaliação e possível publicação nesta revista os autores comprometem-se a respeitar os preceitos éticos de produção e publicação de pesquisas científicas.
